sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Aguapé






Aguapé
 Eichhornia crassipes, originário América Tropical, incluindo o Brasil, da família Pontederiaceae.
Hoje, no CEAGESP, tive uma grata surpresa ao me deparar com as lindas flores do aguapé, são de tirar o folego e aqui temos uma grande demonstração de como a natureza é perfeita e de como o homem não observa o ciclo da vida. Como uma planta tão linda pode ser considerada invasora e nociva? Simplesmente pelo fato dela ter sido tirada de seu local de origem para ter uma função nobre, devido a sua grande capacidade de tolerância e absorção de poluentes, assim, ótima para minimizar águas contaminadas por esgoto e rejeitos industriais, incluindo metais pesados, mas sem seus predadores naturais peixes e mamíferos aquáticos herbívoros, reproduzem-se com muita facilidade em canais de irrigação, represas, rios e lagoas, revestindo e entupindo-os rapidamente.
Além das lindas flores azuis formadas em cachos possuem folhas em forma de roseta e pecíolo (cabo) inflado.
 São plantas aquáticas flutuantes com estolões (caule modificado) e raízes densas. Atingem de 20 a 50 cm de altura. Têm preferência por rios de fluxo lento ou lagoas de água doce.
Reproduzem-se vegetativamente pelos estolões, mas também produzem frutos e sementes em abundância.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Tilândsia






TILÂNDSIA
Tillandsia stricta, nativa da América do Sul, Brasil e pertencente à família Bromeliaceae, subfamília Tillandsioideae.
O gênero Tillandsia foi nomeado por Linnaeus em 1738 em honra ao botânico finlandês Dr. Elias Erici Tillandz. É o gênero das bromeliáceas que apresenta o maior número de espécies espalhadas pelas Américas, são mais de 400 espécies, só no Brasil existem cerca de 40 diferentes espécies de Tillandsia.
Plantas aéreas pendentes, a maioria epífitas, ou seja, na natureza vivem sobre outras plantas, mas há as que vivem em rochas, telhados, fios de eletricidade etc.
Tem folhas estreitas que absorvem nutrientes e umidade do ar, através de escamas nas folhas. Além disso, possuem brácteas vermelhas, que as tornam ainda mais bonitas. As pequenas flores igualmente lindas são roxas.
Folhas em forma de roseta, que se distribuem em torno de um eixo central, substituem as raízes na função de absorção. Inflorescência projeta-se para o exterior por meio de uma haste longa. Raízes são meros elementos de fixação.
Gostam de ambiente sombreado, depois que se fixam é praticamente só contemplar sua beleza. Olhar para uma árvore com essa tilândsia é ter certeza que Deus existe.

Multiplicam-se por sementes ou mais rapidamente por retirada dos brotos laterais.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aquímeia








AQUIMÉIA
Aechmae nudicaulis var. cuspidata, originária do Brasil, da família Bromeliaceae.
Com mais de 3,2 mil espécies, as bromélias têm a cara de jardins tropicais, a cara do Brasil. Cerca de 43% são brasileiras. São exuberantes, resistentes e de fácil cultivo . Ao contrário do dito popular, elas não atraem os mosquitos da dengue.
Planta epífita (que nasce sobre plantas), não é parasita. Suas folhas verdes são em forma de rosetas com folhas de 30 a 75 cm de comprimento por 2,5 a 4,2 de largura, com espinhos nas margens. A inflorescência sai do centro da cisterna (copo da bromélia) com brácteas rosadas na base e flores pequenas. Após a fecundação formam-se os frutos, que são bagas de coloração alaranjada quando madura.
Também podem ser cultivadas em vasos rasos, de aproximadamente 30 cm de altura, com substrato feito de cascas e húmus, ou em de preferência em forquilhas de arvores que tenham casca grossa e com fissuras.
É bastante resistente, inclusive a geadas e a falta de água por algum tempo.
 Devem ser plantadas preferencialmente em locais onde penetrem raios solares, mas não excessivamente. Irrigar somente se não houver orvalho e chuva constante. As flores atraem os beija-flores e borboletas e os frutos atraem diversas espécies de saíras e sebinhos.
Multiplicam-se facilmente por divisão da planta, também por sementes, só que esse é um processo bem mais demorado.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Grumixama






grumixama
Eugenia brasiliensis, nativa do Brasil, da família Myrtaceae.
Grumixama, segundo o vocabulário Tupi-Guarani, provém de “guamichã”: o que pega na língua. Tem um sabor maravilhoso, misto de pitanga e jabuticaba, afinal são da mesma família.
É uma árvore de até 15 m de altura da Mata Atlântica, desde a Bahia até Santa Catarina. Apesar da beleza da árvore, da doçura da flor e do sabor delicioso do seu fruto, infelizmente atualmente está se tornando rara.
Árvore típica dos desenhos de crianças, com copa redonda/estreita, bem fechada com flores brancas com muito perfume e frutos vermelhos puxando para o vinho.
Segundo alguns, a Grumixama tem alto poder medicinal, pois é rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, complexo B (B1 e B2) e flavonoides. E podem também ser utilizadas para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces.
Muito resistente à variação climática. É muito apreciada pela avifauna e apresar do crescimento lento, a grumixama é usada para reflorestamento. E tem bom potencial para o paisagismo, é uma das árvores que gosto de recomendar.

Multiplica-se por sementes.

Áster-azul






ÁSTER-AZUL
Aster amellus, originário da Europa e Ásia da família Compositae (Asteraceae)
O nome do gênero Aster vem do grego e significa "flor em forma de estrela”.
Planta herbácea e perene com altura aproximada de 60 cm, suas flores são capítulos, na verdade o que chamamos de flor é um conjunto de flores e as encontramos nas cores, azul, rósea e branca. Podem ser plantadas misturadas ou de uma cor só, que no caso da azul, é um show no jardim. Algumas flores brotam nas laterais da planta, mas as que aparecem na parte superior, são as que mais chamam atenção.
Suas folhas são lanceoladas e ásperas distribuídas em longas hastes que se ramificam.
Para que fiquem bem bonitas é necessário muito sol, solo rico em húmus, com boa drenagem e irrigação quando necessário (ou seja, quando o solo estiver seco). Apreciam o frio.
Muito utilizada para arranjos florais, pois suas flores tem boa durabilidade após o corte.

Multiplicam-se por divisão da planta ou por sementes.

domingo, 26 de outubro de 2014

Sálvia-azul







SÁLVIA-AZUL
Salvia farinaceae, originária dos EUA da família Laminaceae
Farinaceae, do latim = farinha, pois as flores tem o cálice com superfície farinhenta, o que é cálice? (podemos dividir a flor em: cálice, que é o conjunto de sépalas; corola, que é o conjunto de pétalas e na parte superior os órgãos responsáveis pela fecundação, gineceu + androceu). Nem todas as plantas têm gineceu e androceu na mesma planta.
Normalmente a cor azul não chama muita atenção em um jardim, mas no caso da sálvia-azul, não há quem passe sem olhar e suspirar. É uma planta herbácea perene que atinge até 90 cm de altura. Existe a variedade branca, que quando plantada junto com a azul forma uma belíssima composição.
As folhas são lanceoladas com as bordas serrilhadas opostas, ou seja, saem para lados opostos do galho. As flores se formam em forma de espiga nas pontas dos galhos sem a presença de folhas, daí vem o destaque da planta.
Elas devem ser cultivadas em locais com sol pleno, solo rico em composto orgânico e com boa drenagem. Mais indicadas para região sul ou locais de serra, pois apreciam o friozinho. Quando plantadas em grandes canteiros oferecem um belo destaque ao jardim.

Multiplica-se por estacas e sementes. 

sábado, 25 de outubro de 2014

Gazânia






GAZÂNIA
Gazania rigens, originária da África do Sul, da família Asteraceae
Planta herbácea (sem lenho) e perene (vive muitos anos) que pela beleza de suas flores podem ser chamada de florífera. Com sua linda folhagem azul-acinzentadas é uma que cresce até 50 cm, mas normalmente fica de 20 a 30 cm de altura. É praticamente subespontânea na Europa, ou seja, suas sementes germinam sem serem plantadas e de repente, aparece essa flor linda nas beiras dos jardins.
Existem diversas cores de suas flores, que na verdade são capítulos, ou seja, o que normalmente chamamos de flores é um agrupamento de flores. Vou explicar melhor, quando falar das gérberas. Enfim, com variação que vai do amarelo ao marrom, passando pelo vinho as flores da gazânia, é um espetáculo no jardim, mas para que ela se mantenha com todo esse esplendor, seus canteiros devem ser refeitos a cada dois anos. Retirar as mudas que já devem ter se desenvolvido bem, separá-las manualmente, revolver o solo, aproveitando para incorporar mais composto orgânico e replantá-las.
Gosta de ambiente com muito sol, e aprecia o friozinho, então, bastante recomendada para regiões de serra. Elas podem ser plantadas em grandes canteiros ou acompanhando alguma área plantada, só observar se as plantas não estão sombreando-as.
Multiplica-se por divisão de touceiras.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Neomárica








NEUMÁRICA
Neomarica caerulea, originária da América do Sul, Brasil, da família Iridaceae.
A neumárica é uma planta que gosto muito de usar em jardins, principalmente nos grandes. Ela oferece muitas vantagens, produz muitas mudas em volta dela, sendo assim, é possível retirá-las e plantar em outros canteiros ou corrigir falhas no próprio canteiro. Mesmo sem flores, sua folhagem é muito ornamental, folhas compridas em forma de lança e saem da base em forma de leque. Já fiz muita recuperação de jardins e praças só fazendo divisão de touceiras e replantando. Alguns a chamam de íris andante, porque o peso do broto que nasce na ponta das folhas as faz recurvar, quando tocam o chão, enraízam e fixam raízes, aí temos uma nova muda.
Suas flores, ah... Que maravilha, verdadeiros presentes violáceos, obras-primas. Não é sempre que estão florindo, mas quando estão, vale a pena. E para quem gosta de poesia e só ficar olhando o abrir das flores quando o sol começa a esquentar, inicio da manhã, parece que ela vai se espreguiçando, abre uma pétala, depois outra e mais uma, isso em pouco tempo, por volta de 20 minutos. No final da tarde, elas se fecham e formam lindos balões. Caerulea, do latim significa o azul do céu ou do mar.
Desenvolvem-se bem ambientes com mais ou menos sol e são pouco exigentes nos tratos culturais, mas lógico que, se estiverem em solo rico em húmus, com boa irrigação e adubação ficarão ainda mais lindas.
Existe a variedade com pétalas esbranquiçadas, que é a Neomarica candida, que costumam ser menores que as azuis que chegam a 1,20 cm de altura.

Multiplica-se por sementes ou por divisão de touceiras.